Conto: A Casa Macabra
Autor(a:): Desconhecido.
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A Casa Macabra
Para
aproveitar um feriado, um grupo de seis jovens decide acampar. O grupo era formado
por quatro rapazes e duas garotas. Como estava no inverno, eles foram para um
lugar chamado de “floresta branca”. O local tem esse nome devido a grande
densidade de neblina que se forma essa época do ano. Chegaram por volta das
seis da tarde e logo acamparam, pois começou a cair uma forte
chuva.Pela manhã, mesmo estando sob um forte sereno e um frio congelante,
estavam todos muito animados. Para eles, só pela paisagem, já valia estar
naquele local.
Johnny,
o único que era contrário ao acampamento, quis improvisar um banheiro e se
afastou um pouco da barraca em que estavam. Enquanto se aliviava, avistou um
vulto que parecia ser de um homem andando a alguns metros dele. Johnny ficou
curioso e quis segui-lo, mas o homem logo sumiu no meio da neblina. Quando
voltou, Johnny contou para seus amigos o que acabara de ver, mas todos pensaram
que se tratava de um morador da região.
A
noite foi chegando e a escuridão tomou conta do local. Todos ficaram dentro da
barraca conversando até um a um começar a sentir sono e dormir. Mas por volta
das três da manhã, acordaram com sons de passos ao redor da barraca, todos
ficaram parados, apenas ouvindo o som que vinha de fora. Quem estava andando lá
fora, também emitia alguns gemidos estranhos. O que deixou os jovens muito
assustados. Os passos desengonçados ficaram rodeando a barraca durante alguns
minutos, até começar se afastar aos poucos e sumir de vez.
Nas
primeiras horas do dia seguinte, todos queriam ir embora, mas, o tempo não
estava colaborando. Uma forte chuva caiu durante quase o dia todo. Como o tempo
não melhorava, e mesmo assustados, decidiram ficar mais uma noite.
Johnny
convidou seu amigo Allan para pegar lenha, e enquanto os dois procuravam galhos
secos, avistaram um homem andando ao longe. Johnny disse que foi aquele homem
que ele havia visto. Allan convenceu Johnny a segui-lo. Os dois começaram a
andar atrás do homem e foram se afastando cada vez mais do acampamento. Mesmo
perdendo o homem de vista, continuaram andando até chegar em frente a uma velha
casa que parecia estar abandonada.
Os
dois ficaram parados por um tempo em frente a casa e notaram que a porta estava
aberta. Nesse momento começou a chover novamente, e Allan para se proteger da
chuva, correu e entrou na casa. Johnny ficou chamando Allan durante alguns
minutos, e como não teve resposta, decidiu entrar. A casa era muito antiga e
continha alguns móveis velhos, todos empoeirados. A única iluminação que tinha,
vinha do que restava da luz do dia. Johnny continuou a chamar por Allan, mas
ele não respondia.
Johnny começou a escutar um som estranho que vinha de um
cômodo da casa, e pensando que era uma brincadeira de Allan, decidiu verificar.
Foi passando pela cozinha, banheiro, e foi andando até chegar a um quarto no
fim do corredor. Ao entrar, Johnny se deparou com uma cena terrivelmente
mórbida. Havia sangue por todo lado e, em um dos cantos do quarto, uma mulher
sentada no chão devorava seu próprio braço, e na outra mão, segurava o corpo de
um bebê já em estado de decomposição. Johnny ficou muito assustado e saiu
correndo, mas deu de cara com um homem cujos olhos lacrimejavam sangue. O homem
segurou Johnny e o atacou dando-lhe uma mordida no rosto. Johnny, mesmo
aterrorizado, conseguiu se livrar do homem e correr para fora da casa.
Sangrando e com muito medo, Johnny tentou fugir, mas com as pernas bambas, caiu
a poucos metros da casa.
No
dia seguinte, os outros estavam tão preocupados com o sumiço dos rapazes que
decidiram chamar a policia. Alguns policiais vasculharam o local e encontraram
Johnny delirando próximo a casa. Johnny
ficou tão perturbado que precisou ser internado num sanatório, pois ninguém
acreditou na sua história. Allan nunca foi encontrado, assim como a família que
vivia naquela casa.
--Roberta H.