Música

terça-feira, 28 de maio de 2013

Conto - A Coleção

Conto:  A Coleção
Autor(a:): Roberta H.
  Você também pode mandar seu conto para o e-mail: sr.fofo@hotmail.com

  Bom, não acho que esse seja um conto tão bom quanto outros que escrevi, mas como não tinha nada pra postar e faz um certo tempo que não posto nada, vai esse mesmo. E obrigada a todos que visitam o blog. Ficaria muito grata se me mandassem sugestões nos comentários ou no e-mail citado acima.


A Coleção

         Marina sempre foi uma boa garota, tinha 16 anos e perdeu seu pai há dois anos. Sua mãe, Rose casou-se com Paulo há uns dois meses. Ele era um cara legal, mas havia algo nele que a incomodava. Ela não sabia o que era, mas ela podia ver em seus olhos. Eram um belo casal e Marina até que gostava de Paulo. Ela e sua mãe se mudaram para a casa dele há uma semana. Tudo estava ótimo. Marina havia feito novas amigas na escola, e a casa era grande e bonita, um bom lugar para dar uma festa.

Paulo vivia no porão da casa e não deixava ninguém entrar lá. Rose nem ligava para isso, mas Marina achava um pouco estranho, e como era curiosa sempre quis entrar lá e ver o que havia lá dentro, mas Paulo trancava a porta e escondia a chave, então Marina não podia entrar.

Ela estava decidida a ver o que havia lá, então, um dia, quando Paulo saiu de casa ela foi até o quarto dele e começou a procurar a chave. Não demorou muito para ela achar, escondida em uma gaveta em meio a alguns papeis. Ela foi até a porta e a abriu facilmente. Entrou e acendeu as luzes. Quase desmaiou ao ver o que se encontrava em muitas prateleiras: dezenas de crânios. Um ao lado do outro.



--Meu Deus!
           
Ela não sabia o que pensar sobre isso. Era simplesmente horrível. Ela estava arrependida de ter aberto aquela porta. Enquanto se recuperava do susto, alguém entrou abriu a porta. Era Paulo. Ela não havia visto ele até o momento em que ele fechou a porta com força, fazendo-a virar para ver quem era.

--Paulo? Desculpe-me, eu não devia ter entrado aqui. Mas, eu prometo que não conto pra ninguém! Me perdoe!

--Marina, entenda, existem pessoas que não sabem perdoar. E eu sou uma delas.

--O que você vai fazer comigo?

--Não se preocupe, só vai doer um pouquinho.

--Não! Por favor! Me perdoe!

Paulo tira uma faca do bolso de sua calça e acerta o pescoço de Marina. Ela não teve tempo de evitar, apenas caiu no chão. Seus olhos ainda estavam abertos. Seu sangue escorria de seu pescoço, criando uma poça em volta de sua cabeça. Paulo a olhava satisfeito, com um largo sorriso estampado em seu rosto.

--Mais um para a coleção...


--Roberta H.

domingo, 12 de maio de 2013

Conto - Continue a cavar

Conto:  Continue  a cavar

Autor(a:): Roberta H.

  Você também pode mandar seu conto para o e-mail: sr.fofo@hotmail.com

                                                                   Continue a cavar



   Lucy chega em casa mais cedo do trabalho. Seu filho ainda está na escola. Ela entra no quarto para trocar de roupa e vê seu marido na cama com outra. Ela nunca imaginaria que seu marido fosse capaz de traí-la. Ela volta para seu carro e vai para um bar qualquer. Bebe algumas cervejas, e quando vê que está na hora de ela voltar do ‘’trabalho’’, entra em seu carro e vai para casa. Seu filho já chegou da escola e seu marido está assistindo futebol, como de costume. Ela toma um banho e prepara o jantar como se nada tivesse acontecido.

 --E então filho, a comida está boa?


--Sim, mamãe.

--Rodrigo, como foi o seu dia?

--É... Bem... Como todos os outros... Trabalhei o dia inteiro. E seu?

--Bom, foi um ótimo dia. Consegui um aumento!

--Isso é ótimo!

--Filho, vá dormir, já está tarde.

--Ok, mamãe.

--Amor, não acha que devemos comemorar meu aumento?

--Claro.

--Vou pegar um pouco de vinho para nós.


   Lucy pega a garrafa de vinho e despeja um pouco em duas taças. Na taça de seu marido, coloca um pouco de sonífero. Ela não quer que ele a traia de novo. E ele não vai fazer isso nunca mais. Ela entrega a taça a seu marido e propõe um brinde.

--A nós!

--A está noite maravilhosa.

--E inesquecível!   

   Ele toma, começa a ficar tonto e dorme. Lucy resolve que enterra-lo vivo seria uma ótima ideia. Ela arrasta o corpo para o jardim e pega uma pá na dispensa da casa, sem querer, a deixa cair e seu filho acaba acordando. Ele vai até o jardim e vê sua mãe começando a cavar. Seu pai está jogado no chão, dormindo, e em pouco tempo estará morto.

--Mamãe, o que a senhora está fazendo?

--Nada de mais, filho. Vamos, pegue outra pá e me ajude aqui.

--Tudo bem.

--Não demore!

--Pronto, mamãe. O que eu faço agora?

--Vamos fazer um buraco bem grande, você tem que tirar a terra do chão e joga-la naquele monte, tudo bem?

--Sim, mamãe. – o filho começa a cavar, olha para seu pai e não entende o porquê de ele estar ali, daquele jeito – Mamãe, por que o papai está pálido?

--Não é nada filho, continue a cavar...


--Roberta H.